Uso de grafite em aplicações eletrônicas

A capacidade única do grafite de conduzir eletricidade enquanto dissipa ou transfere calor de componentes críticos o torna um ótimo material para aplicações eletrônicas, incluindo semicondutores, motores elétricos e até mesmo a produção de baterias modernas.

1. Nanotecnologia e SemicondutoresÀ medida que os dispositivos e eletrônicos estão se tornando cada vez menores, os nanotubos de carbono estão se tornando a norma e estão provando ser o futuro da nanotecnologia e da indústria de semicondutores.

Grafeno é o que cientistas e engenheiros chamam de uma única camada de grafite em nível atômico, e essas finas camadas de grafeno estão sendo enroladas e usadas em nanotubos. Isso provavelmente se deve à impressionante condutividade elétrica e à excepcional resistência e rigidez do material.

Os nanotubos de carbono atuais são construídos com uma relação comprimento-diâmetro de até 132.000.000:1, significativamente maior do que qualquer outro material. Além de serem usados ​​em nanotecnologia, que ainda é bastante nova no mundo dos semicondutores, vale ressaltar que a maioria dos fabricantes de grafite produz tipos específicos de grafite para a indústria de semicondutores há décadas.

2. Motores elétricos, geradores e alternadores

O material de grafite de carbono também é frequentemente usado em motores elétricos, geradores e alternadores na forma de escovas de carvão. Nesse caso, uma "escova" é um dispositivo que conduz corrente entre fios fixos e uma combinação de peças móveis, geralmente alojada em um eixo rotativo.

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3. Implantação iônica

O grafite vem sendo usado com mais frequência na indústria eletrônica, incluindo implantação iônica, termopares, interruptores elétricos, capacitores, transistores e baterias.

A implantação iônica é um processo de engenharia em que íons de um determinado material são acelerados em um campo elétrico e impactados em outro material, como uma forma de impregnação. É um dos processos fundamentais usados ​​na produção de microchips para nossos computadores modernos, e átomos de grafite são tipicamente um dos tipos de átomos infundidos nesses microchips à base de silício.

Além do papel único do grafite na produção de microchips, inovações baseadas em grafite estão sendo usadas para substituir capacitores e transistores tradicionais. Segundo alguns pesquisadores, o grafeno pode ser uma alternativa ao silício. Ele é 100 vezes mais fino que o menor transistor de silício, conduz eletricidade com muito mais eficiência e possui propriedades exóticas que podem ser muito úteis na computação quântica. O grafeno também tem sido usado em capacitores modernos. De fato, os supercapacitores de grafeno são supostamente 20 vezes mais potentes que os capacitores tradicionais (liberando 20 W/cm³) e podem ser 3 vezes mais potentes que as baterias de íons de lítio de alta potência atuais.

4. Baterias

No que diz respeito a baterias (células secas e íons de lítio), os materiais de carbono e grafite também têm sido fundamentais. No caso de uma pilha seca tradicional (as baterias que frequentemente usamos em nossos rádios, lanternas, controles remotos e relógios), um eletrodo metálico ou uma haste de grafite (o cátodo) é envolto por uma pasta eletrolítica úmida, e ambos são encapsulados dentro de um cilindro metálico.

As baterias de íons de lítio modernas também usam grafite — como ânodo. Baterias de íons de lítio mais antigas usavam materiais tradicionais de grafite; no entanto, agora que o grafeno está se tornando mais disponível, ânodos de grafeno estão sendo usados ​​— principalmente por dois motivos: 1. os ânodos de grafeno retêm melhor a energia e 2. prometem um tempo de carga 10 vezes mais rápido do que uma bateria de íons de lítio tradicional.

Baterias recarregáveis ​​de íons de lítio estão se tornando cada vez mais populares atualmente. Elas são frequentemente usadas em eletrodomésticos, eletrônicos portáteis, laptops, smartphones, carros elétricos híbridos, veículos militares e também em aplicações aeroespaciais.


Data de publicação: 15 de março de 2021